Nos caminhos às Salinas
Sabia que não era em direção a águas cristalinas
È logo ali, depois da linha do trem.
O velinho reclama:
“As vistas já não me são as mesmas façanhas”
Fala manso aquela senhora
Devagar, frondosa árvore,
Como a senhora,
Com sua bela sombra,
O Calor vai embora.
Crianças cirandeiam
Brincam, levam a vida
Que alegria!
Brincam, a nós rodeiam.
Felizes vidas, simple
A outra mulher, de longe vê
Grita: “padre, que bom vê você!”
Que formas marcantes
É bom o aconchego
O carinho, formosa mulher
De grande busto e sorriso vicejo
Embora triste, experiência desolada
O que você quer?
Obrigado senhora, triste mulher
Me acolhe neste povo
No desejo de sua ajuda
Vejo-me humano todo
Mas, o que você quer?
A estrada continua
As crianças ainda cirandeiam
Foi depois da linha do Trem.
A árvore acolheu e deu sombra
O senhor viu e sorriu
A mulher busta também.
Me dizem:
Belos olhos seu moço
O senhor, a senhora...
A mulher e até a árvore.
Eu desejo ver isto nas crianças.
Mas antes, contudo,
Eles vêem os olhos desta criança.
Oscar Gilberto Rodas Gomes,
06/02/10
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