quinta-feira, 28 de julho de 2011

O Ponto Comum

>>>Quando ainda jesuíta, com um amigo que perdera a mãe...<<



De longe, nem percebi
Aqui encontrado
Obrigado companheiro
No Senhor amado

Conquistou-nos de longe
Ele que se molda a tudo
Em todas as formas
Numa pomposa pedra
Ou na simples madeira

Nos une no seio
Materno que nunca vi
Mal chego e já senti

Comum nos junta
Como pode? Sem sangue?
Mas o ponto, é que:
Dele é o Sangue
Por isso tua mãe é minha.
Amigo Comum.

Oscar Gilberto,
19.02.10
Ao P. Sérgio.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Leito


>>>Ainda quando não podia saboreá-la!!!<<<




“No leito da paixão que nos envolve deitou-se a Liberdade no quarto que parece ser do Proibido.
Fico aqui, fique ai! A distância é um espaço que desejo preencher com a alegria de viver muitas coisas!”


Oscar Gilberto,
1.3.10


segunda-feira, 11 de julho de 2011

(...)

Sei que para o mundo hoje
Não valem mais palavras
E os símbolos...?
Apenas digitais!

Mesmo assim, não vou deixar
As poesias de fantasias
E nem esquecer de viver o maior poema:
A vida!

Que seja a beleza, cultivada;
O Outro, cativado;
E o mundo todo amado!

Oscar Gilberto,
18.XII.2010

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Encontro-me nos olhos

>>>De uma terna Paixão!!<<<

É que sou uma confusão de sentidos.
Perco-me no pensar
Mas sei onde estou
Com quem sou...
Obrigado!
Sabe...?
Marquei um encontro!
E este encontro é no seu olhar.
Oscar Gilberto Rodas Gomes
30.11.10

quarta-feira, 6 de julho de 2011

É Teu o que me destes!

Senhor, já não são mais meus os olhos que me destes, mas Teus, para que vejas com compaixão o que criastes; já não são meus os ouvidos que me destes, mas Teus, para que ouças pacientemente o lamento e a alegria; já não é meu o pensar, mas é Teu, para que possas ordenar e continuar criando; assim como os braços e as mãos, para que modeles e carregues no colo os Teus filhos e filhas; Toma os meus lábios; as minhas pernas para que caminhes no mundo; Toma Senhor, o meu coração, ainda novo, pequeno, sem cicatrizes, para que com Ele ame a humanidade, a natureza e tudo o que criastes.
Amém.
Oscar Gilberto,
Retiro de XXX dias, junho de 2008

A Criatura Ama Assim



>>>Mesmo não vivendo com um modo de vida religioso, não deixei dos princípios que reformularam humano que hoje sou. Esse poema nasceu ao final do Retiro Inaciano. Trinta dias no silêncio e um resultado fantástico para minha vida! Vejam...<<<

Era pequeno, começou como um nada,


Era simples sopro
No fundo tudo foi-se gerado
Este algo pequeno conseguiu uma força
Para girar e gerar outro, e mais outro...

Há um artista, que como num torno,
Vai modelando, dando as formas, as linhas,   
Os traços do que será.

Será, é, foi uma explosão de Amor
Que cria, que dá vida,
Uma vida que viceja a cada amanhecer
Ganhando o seu alimento no Sol,
A fonte de calor e luz.

Em outra explosão de Amor,
tudo vai se juntando em um ser apenas:
da  água,                 da terra,
                    do sopro,                                do fogo
E mais interessante:
                               Do Amor.

Quando lhe falta a água, sente sede;
Quando lhe falta a terra, sente fome;
Quando lhe falta o sopro, sufoca;
Quando lhe falta o Amor, não sente nada.

Não é para ficar quieto, irrelutante.
É para buscar, encontrar.
É necessário que se vá atrás de uma Chuva
Que vem das nuvens
É preciso correr atrás dos bens
Que lá de cima vem.

Está em tudo, é tudo, faz tudo
A nós envia a bondade, a ternura,
A justiça, a paz... Em algumas nuvens
De chuvas torrenciais
Só precisamos ser seres de buscas radicais.                           

Radicalidade que exige a própria doação:
Da vida, da liberdade e das vontades
E cada vez que se encontram estas nuvens
É uma gratidão sem medidas.

Uma coisa apenas: encontrar esta nuvem
É única graça.
Depois carregar os irmãos, isto é o que basta.

Oscar Gilberto Rodas Gomes
Retiro de XXX dias, junho de 2008.     

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vêem? Vi!


Nos caminhos às Salinas
Sabia que não era em direção a águas cristalinas
È logo ali, depois da linha do trem.

O velinho reclama:
“As vistas já não me são as mesmas façanhas”

Fala manso aquela senhora
Devagar, frondosa árvore,
Como a senhora,
Com sua bela sombra,
O Calor vai embora.

Crianças cirandeiam
Brincam, levam a vida
Que alegria!
Brincam, a nós rodeiam.

Felizes vidas, simple
A outra mulher, de longe vê
Grita: “padre, que bom vê você!”

Que formas marcantes
É bom o aconchego
O carinho, formosa mulher
De grande busto e sorriso vicejo
Embora triste, experiência desolada
O que você quer?

Obrigado senhora, triste mulher
Me acolhe neste povo
No desejo de sua ajuda
Vejo-me humano  todo
Mas, o que você quer?

A estrada continua
As crianças ainda cirandeiam
Foi depois da linha do Trem.
A árvore acolheu e deu sombra
O senhor viu e sorriu
A mulher busta também.

Me dizem:

Belos olhos seu moço
O senhor, a senhora...
A mulher e até a árvore.
Eu desejo ver isto nas crianças.
Mas antes, contudo,
Eles vêem os olhos desta criança.

Oscar Gilberto Rodas Gomes,
06/02/10

(Dê) Forma

(Dê) Forma
E o senso retorna
Ou se reforma?
Ainda é cedo!

Existe algo
A forma de governo
Esse enredo...
Mal formado
Recolocado
Pré-moldado

A vida de poucos,
Gasta em exageros!
A vida de muitos,
Gasta pelos esquemas...

Como?
E o senso?
Apenas isso
Ou torna-se concreta...
Justiça?
Ou forma?

O governo deforma:
A oligarquia isola
A democracia “consola”!

Mas qual é a forma?

Oscar Gilberto,