Quando Ele se entregou não desejou permanecer na Cruz, tinha certeza que as grades da sua prisão eram apenas sombras. Talvez ao serem abertas tornariam-se a entrada de uma gruta e que só ao final ele viria, não se tornando mais livre, mas a própria palavra Liberdade ressurgindo da agonia pura e humana. Ao final, hoje é um dia de interior, mas para alguns, há um desejo de morrer com Cristo, outros querem desesperadamente retirar os cravos e baixo-lo do lenho. Mas será uma morte puramente fisiológica a morte da salvação? Por que eu, ou você, queremos tirá-lo de lá? Que medo é esse de enfrentar aquilo que deve morrer, extirpar-se para transformar? Aliás, as grades da prisão de Cristo, não são as portas de minha gruta interior, o meu sepulcro?
Um amigo me disse: " que nesta Páscoa Cristo ressurja vivo em seu coração"! Por um momento analisei a proposta do meu coração estar sendo uma gruta, porque Ele ressurgiu de uma [pretensão ou fé? ]. Ao fim respondo que Está, e espero que seja por um tempo suficiente para que a morte interior reviva, como a proposta Evangélica que Cristo nos traz: a novidade da vida Livre, da vida em paz, de uma humanidade digna! Obg Senhor, sem sua morte eu não poderia olhar a minha gruta interior!
Oscar Rodas
Sexta santa de 2015
domingo, 12 de abril de 2015
Uma gruta interior
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