sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Sem Intervir na Liberdade: Viva. Atente-se e Nunca se Amedronte.

Escolha bem ou mal
Escolha o certo e o errado
Escolha
O medo é uma escolha


De um presságio medieval surgiu a frase 'não tenha medo dos mortos, ou dos maus espíritos, tema apenas o não conhecimento da fronteira entre você e o que você ainda não viveu!' é o que estava lendo um passante que ia de encontro ao seu terno amigo...

Augusto estava caminhando já fazia três dias pela mata, pois seu amigo Cristiano morava na choupana que havia construído longe da população, do vilarejo de Passarela. O pobre viajante decidiu caminhar à casa de seu amigo para partilhar que já não aguentava mais morar sozinho e sem entender muitas coisas: de como era incompreendido pelas pessoas por pensar em tantas coisas boas à construção daquele humilde vilarejo.

Embora tenha a fama de ser heróica sua índole, como era terrível a Augusto passar pela mata para trocar um dedo de prosa com seu amigo. Temia as almas mortas que estavam por lá! É o que rezava a lenda daquele lugarejo. Todos os dias ouviam-se estórias de pessoas que iam à beira da floresta pelo fim da tarde, adolescentes namoradeiros, e que saiam derradeiros e aos gritos quanto ouviam o simples tintilar do vento nas copas das árvores. Mas, angustiado, Augusto partiu, aventurando-se mata adentro...

Não pensou duas vezes quando chegou na parte mais escura da floresta, momento em que nem os raios do Sol do meio dia penetravam as copas, ouvindo passos e grunhidos saiu em disparada ao caminho que já havia feito, claro lhe parecia mais seguro só porque já o fizera até ali. Mas pelo contrário, esse caminho inverso foi mais tortuoso, só desta vez fez um caminho com receios e não percebeu os detalhes importantes para o seu retorno,  mesmo que às pressas. Parecia estar perdido, e pasme, num caminho que já havia feito.

Só podia parar e se concentrar, afinal, o que o afugentava tanto? Parou! Respirou! Olhou! Silenciou! E por fim, ouviu... Por um longo período: nada, nada ao redor somente o vento batendo nas copas das árvores. Começando a se perguntar simplesmente se deparou consigo: por quê corri? Afinal, do que corri? Quem, na cidade, disse que ao sentir qualquer diferença na floresta eu deveria correr?! Infelizmente Augusto não saberia responder esta pergunta, não encarou aquele momento propício para isso, ouviu demais os outros.

Deu-se conta de que por um momento na vida escolheu o medo dos outros para sobreviver, e dessa forma o seu medo o fez perder talvez um novo conhecimento, uma nova aventura. Retomou sua caminhada solitária, mas sem se dar conta que a lição daquela aventura já tinha sido aprendida. Ao chegar na choupana do amigo, este simplesmente disse: venha Augusto, sua lição está apenas começando...

Oscar Rodas,
10 de fevereiro de 2015. 

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