Numa sala grande
Se encontra você
Sozinho, porém
Sem, sem ninguém
Vê pessoas passarem
Mas apenas gatos sentarem
Poltrona ornada
O seu povo não tem nada:
Nada de beleza
Nada de coisas
Nada de esperteza
O seu povo é escravo Seu!
Mas eles têm clareza,
tem trabalho
tem trama
e não tem salário.
Você se orna
Sendo quem vigora
Faraó de outrora
Um deus não chora.
Do Nilo dádiva
Egito, um dia sumindo.
Antes de sucumbir:
Pirâmides, túmulos
Desenhos e hieróglifos
Mas é apenas no plantio e regadio
Que o povo mata a fome do fastio
Ainda para o seu povo
A morte é única esperança
De um dia naquele corpo
feliz volt´alma e descansa.
Oscar Gilberto,
17.3.10
Nenhum comentário:
Postar um comentário